terça-feira, novembro 13, 2012

Banco Mundial divulga estudos sobre riscos de nova exclusão da classe média na AL

O Valor Online divulgou há pouco informação sobre estes riscos em toda a América Latina. É interessante lembrar o processo de exclusão social de massas de moradores/trabalhadores da Grécia e da Espanha. O quadro comentado mostra os riscos que a mudança dos cenários externos e internos podem trazer à sociedade. Vale a conferida na matéria:


Banco Mundial vê risco de nova classe média 


latina voltar à pobreza



Por Alex Ribeiro | Valor
WASHINGTON - Um relatório divulgado hoje pelo Banco Mundial mostra que a América Latina, apesar da bem-vinda redução da pobreza e do crescimento da classe média nos últimos anos, ainda permanece uma região em que a maior parte da população segue vulnerável a cair de novo na pobreza.
Segundo o organismo, a classe média cresceu 50% entre 2003 e 2009, chegando a 153 milhões de pessoas, respondendo por 30% da população. A proporção da população vivendo em pobreza, por outro lado, caiu de 44% para 30%.
Mas o grosso da população latino-americana – 38% – continua na faixa que fica entre a classe média e a pobreza. Ou seja, não tem renda suficiente para subir à classe média e nem tem renda baixa o suficiente para serem considerados pobres. O Banco Mundial define esse grupo como os vulneráveis, ou seja, aqueles que não têm renda o suficiente para assegurar que não vão cair de novo na pobreza.
Pelo conceito adotado pelo Banco Mundial, classe média são aqueles que ganham entre US$ 10 e US$ 50 por dia por indivíduo. Pobres são aqueles que ganham menos do que US$ 4 por dia por indivíduo.
O grupo de vulneráveis, portanto, são aqueles que ganham entre US$ 4 e US$ 10. “No Brasil, esses indivíduos são chamados de classe média baixa”, disse o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Augusto De La Torre.
Esse grupo é considerado vulnerável porque eles têm mais do que 10% de chance de cair na pobreza nos próximos cinco anos.
“Ser um continente onde os vulneráveis são o maior segmento da população é muito menos atrativo do que ser um continente de classe média, mas é claramente muito melhor do que ser  predominantemente pobre”, afirma o relatório “Mobilidade Econômica e Ascensão da Class Média”, divulgado hoje pelo Banco Mundial.
“A América Latina é um exemplo de como sólidas políticas podem fazer diferença”, afirmou há pouco o presidente do Banco Mundial, Jim Young Kim. Segundo ele, a questão é como sustentar esses ganhos de anos recentes ao longo do tempo e como evitar cair na armadilha dos países que param de progredir quando atingem o patamar de renda média.
Segundo o Banco Mundial, vários fatores contribuíram para a ascensão da classe média na América Latina, entre eles os maiores níveis de escolaridade, aumento de emprego formal, urbanização, famílias menores e entrada das mulheres no mercado de trabalho."

10 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto isso, os 200 mais ricos do mundo tem fortuna maior que o PIB brasileiro.
O concentração é brutal e só tende a piorar uma vez que praticamente toda política da AL, inclusive a do atual governo brasileiro, privilegia os bancos e as grandes empresas.
Existem empresas mais poderosas do que países e a cada dia mais e mais grupos se fundem formando conglomerados gigantescos.
O Brasil melhorou, é fato, mas é que estávamos muito ruins. E não adianta criar Ministério da Pequena Empresa se as verdadeiras políticas não são implementadas.
Hoje no blog do Luis Nassif tem dois artigos comentando exatamente isso.

Ver em

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-falta-de-acoes-para-as-pequenas-empresas

E tambem em

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-ministerio-da-pequena-empresa

NATALIA GOMES disse...

Culpa exclusiva do POPULISMO , desenfreado que prtesenciamos, na AL(América Latina ), de alguns anos pra cá, era do Hugo Chaves, do Lulismo e outros tantos.
Imaginem, que no Brasil, considera-se Classe media, aqueles que tem renda de pouco mais de um salário minimo/mês, segundo o ´rogãos governamentais. E os que ganham acima de 10 salários minimos, segundo a propganda do governo federal, podem ser considerados ricos. Isso faz com que, grande da parte da população se considere, como tal, e, com isso a acomadação toma conta, o governo não é cobrado.
Porém na Argentina, o povo foi pra rua, não aceitou políticos em seus movimentos e fizeram um grande panelaço, mostrando que o populismo, lá, não está agradando a população. Eles querem mais e aqui deveriamos fazder a mesma coisa.

JOÃO CARLOS disse...

Pois é, Natália, num país, onde para ser rico, basta ter uma renda, acima de 5 MIL REAIS,se espera tudo. Por isso essa legião de miseráveis conformados e dependentes do assistencialismo, desse tpo de populismo, nas esferas federal, estadual e municipal, em nosso caso especifico, de nossa Campos.

Roberto Torres disse...

Sem o que estes "jênios" da raca chamam de populismo os vulneráveis ainda estariam na pobreza.

Claro que quem mehorou um pouco quer mais e tende a exigir outras polítcas de inclusao que os permitam participar, em melhores condicoes, de outras esferas sociais ou de novas modalidades de consumo.

Mas será que os que negam a mudanca ocorrida com os governos "populistas" serao capazesde compeender o estes "novos atores" querem?

Será que quem sempre desqualifica as opcoes populares (como "populistas"), vai saber o que povo quer?

douglas da mata disse...

Dá uma panela para a Natália e uma passagem para a Argentina, e avisa: não pode colocar a panela na cabeça.

Ou melhor, no caso dela pode sim, fica mais condizível com o que ela diz.

Quem sabe a Natália prefere o anti-populismo do FHC?

Ou o anti-populismo do STF?

Barbosa para presidente(pelo voto, é claro, não por sentença).

Acho que a Natália não entendeu(não quis ou não pode) que o texto aprova as medidas recentes de inclusão social, e "avisa" que se estas medidas pararem por aí, poderemos voltar ao estágio anterior, ou seja, precisamos aprofundar as reformas estruturais que causam a desigualdade.

As política até aqui bem sucedidas (e elogiadas pela ONU no texto) que ela chama de "populismo".

Só para terminar, é preciso informar a Natália que os parâmetros utilizados para fazer o corte de classe(embora haja muito debate sobre isto) levam em conta diversos parâmetros estatísticos, o cruzamento de dados, baseados em premissas aceitas no mundo todo e consideradas assim por organismos internacionais, e claro: demandas da agenda política, porque política é o que nos move, e nós movemos a política, embora tenha gente que continue a escoicear esta realidade.

Em outras palavras: Não é o governo brasileiro que diz isto, é o texto do Banco Mundial e a ONU. Será que lé também vige o lulismo?

Por derradeiro: em nenhum local de debates ou banco de dados considera-se como classe média quem ganha um salário mínimo.

Então nem devemos considerar(imaginar, como ela pediu) esta colocação da Natália para efeitos de debate.

De tudo o que ela falou, só uma coisa se aproveita e já foi tema de debate por aqui: a acomodação política que certo conforto econômico traz.

Mas este problema, Natália, é universal e não só brasileiro, no entanto, merece atenção, é claro!

Só discordo do viés anti-politizante que você imprime em suas "preocupações", porém é direito seu pensar assim!





NATALIA GOMES disse...

Num país(Brasil) onde ainda temos quase 30% de analfabetos, inclua-se os analfabetos funcionais, que sequer, sabem interpretar um frase, onde mulheres dão a luz, nos corredores do hospitais,por falta de leitos, um país(Brasil), onde a carga tributária é gigantesca, é desumana e é,uma das maiores do planeta, um país(Brasil) que nos últimos anos, foi o que, menos cresceu economicamente entre os BRICs, e, ainda cresceu menos que países latinos, como, Chile,Peru, Chile,Venezuela, Colombia, e Argentina(onde o anafalbetismo é menor que 5%).
Com todo respeito, as opiniões em contrário, contudo, , sejamos realistas e pelas razões expostas acima, o Brasil, não está tão bem assim , como dito, por alguns colegas comentraristas.

douglas da mata disse...

Natália, você segue reproduzindo um discurso que não se sustenta.

Vamos lá que agora eu tô com paciência:

Nossa taxa de analfabetismo gira entre 10 e 15% da população adulta, o que não é pouca coisa, mas você terá que considerar que neste enorme contingente, boa parte é de pessoas com mais de 40 anos, logo há dificuldades estruturais para atrair este pessoal para a escola.

O que nem de longe pode ser usado como desculpa, mas jogar toda a culpa neste governo é ingenuidade ou má-fé...como não te conheço, vamos ficar com a primeira hipótese lhe dando o benefício da dúvida.

O Brasil cresceu menos que a Argentina, mas esta veio de um buraco imenso em 2001, logo, se considerarmos que ela vem de índice negativos, qualquer crescimento é gigantesco pois é comparado com o exercício anterior e deficitário, ou seja, em um exemplo ruim, de 1 para 2 o crescimento é 100%, de -1 para 2, 200%.
Mesmo assim, no caso argentino, o ciclo de crescimento veio acompanhado de uma inflação galopante e de outros problemas estruturais que começam a preocupar o governo: baixas reservas, e nenhum ativo (empresas) ou poder do Estado para intervir, porque a maioria das empresas foi vendida.

Não conheço o caso peruano, mas com certeza o Chile não é exemplo para o Brasil.
Não tem previdência pública, ensino gratuito e sistema universal de saúde, senão me engano.

Os demais, destaque para China, mas não há como comparar com o nosso país: lá a economia está TODA na mão do governo, a renda média é pífia, e o interior do país ainda está no século XII.
Sobrou a Venezuela, um caso bem sucedido, inclusive no crescimento movido a alta do petróleo.

O Brasil é um pouco mais complexo.

Em suma, o problema de comparar o crescimento dos países é que tratam-se de "grandezas" distintas, ou seja, embora sejam "frutas"(países), uns são ameixas, outros melancias, e outros bananas, tudo diferente.

A carga tributária do Brasil não é gigantesca. Ela representa 35 a 37% do PIB, menor que em todos os países do G20.

Ela é desigual, pois veja: o dono do Bradesco paga o mesmo imposto de renda que você ou eu.

A alíquota de ICMS da minha conta de luz é igual a da casa do Eike Batista, e por aí vai.

Mas você acredita no que diz o JN toda a noite, dizendo que o imposto come toda riqueza do pais, e blá, blá, blá...

Mentira: o que impede o país de ser mais justo e ter melhores serviços públicos é que nossos ricos não pagam impostos, embora 1% deles concentrem 50% da renda nacional.

Nosso crescimento econômico foi menor, sim, mas foi o único país (junto com a Venezuela) que cresceu e diminuiu o número de pobres com inclusão social.

Nosso sistema de saúde é precário, mas antes um sistema universal e totalmente gratuito que nada, pois veja o caso dos EEUU.

Então, minha filha, se informe, procure outras fontes e cuidado ao citar números se você não tem como confirmá-los.

Anônimo disse...

Uma coisa é bastante clara, para os esclarecidos, a velha midia, diga-se a rede globo, como também, o populismo brasileiro, enganam as pessoas, meno esclarecidas, através de cometários e propagandas enganosas. Ambos,praticam, a chamada, lavagem cerebral, na camada da população, menos instruida, por isso, se mantem, por tanto tempo, em evidência.

douglas da mata disse...

Clara? clara para quem?

Esclarecidos? o que é isto, uma nova "seita"?

Fatos, precisamos de FATOS para desmontar propaganda e comentários "enganosos".

Falta de instrução não quer dizer nada!

Há muito idiota com doutorado, olha o demétrio magnoli, intelectual de coleira da grobo.

Só se engana quem quer ser enganado...chega desta vitimização ou idiotização da população.

As pessoas fazem escolhas políticas, até quando dizer não escolher.



Anônimo disse...

Pois é, isso é fato, as pessoas que querem se enganar, vem se enganando, com a "GROBO" e com os "POPULITAS BARATOS", que temos no Brasil.