sábado, novembro 17, 2012

Ibama aprova porto no litoral sul da Bahia

O empreendimento é de um grande complexo portuário com investimentos previstos em R$ 2,5 bilhões numa área total de 18 Km² no município de Ilhéus.

O porto servirá basicamente para escoamento de minério de ferro que virá de uma mina no sertão baiano, em Caetité, de propriedade da Bamin (Bahia Mineração) que também bancará o investimento no porto junto do governo da Bahia. A Bamin é controlada pelo grupo Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC) do Cazaquistão.

Para o escoamento do minério de ferro pelo porto, no município de Ilhéus, será usada a ferrovia da Vale, Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) que precisa ser concluída em seus primeiros 500 quilômetros.

Por esta ferrovia se prevê o transporte de 19,5 milhões  de toneladas de minério de ferro anuais, numa primeira etapa. Numa segunda etapa o volume mais que dobra para 45 milhões de toneladas.

Para este transporte serão usadas quatro composições ferroviárias por dia, cada uma com 140 vagões. A previsão é de início da exploração da mina se dê em 2014, transformando o estado da Bahia, no terceiro maior produtor de minério do país.

A licença prévia (LP) para o Porto Sul de Ilhéus contempla a construção de um terminal de uso privativo para a Bamin e um terminal de uso público.

O Ibama exigiu do governo baiano e da Bamin 19 ações compensatórias e 34 programas ambientais. A Licença de Instalação (LI) só deverá ser liberada com o início do atendimento às condicionantes.

Os píeres instalados em ponte com acesso marítimo a 3,5 km da costa, atenderão à movimentação de minério, soja, etanol, fertilizantes e outros granéis sólidos.

A previsão de construção do porto é de 54 meses gerando até 2,6 mil empregos que deverão ser reduzidos para 1,7 mil quando da operação portuária que prevê em sua capacidade máxima a movimentação de 100 milhões de toneladas de carga.

Aqui no Açu a previsão de movimentação de cargas é de 350 milhões de toneladas anuais. Diferente de Ilhéus por aqui foi feita a previsão de um distrito industrial, estaleiro, usinas de geração de energia elétrica, empresas de apoio às atividades offshore de petróleo e também uma unidade de tratamento de petróleo.

Lá em Ilhéus, assim como no Açu há preocupações quanto à degradação de áreas litorâneas, que na Bahia tem grande apelo turístico. Por isto, o local de instalação previsto anteriormente foi modificado de localidade de Ponta da Tulha para Aritaguá e que uma área de 1,7 mil hectares teria sido adquirida para formar uma espécie de ‘cinturão verde’ em torno do porto. Como se vê os projetos e as estratégias guardam algumas similaridades.
Fonte: Valor Online.

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