sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Capim-elefante para queima em nossas olarias

Está publicado hoje, na coluna Negócios & Cia do jornal O Globo, a informação de que a Cerâmica União instalada em nossa Baixada receberá R$ 324 mil da Investe Rio para cultivar o capim-elefante (foto ao lado – muito conhecido em nossa região) para substituir o eucalipto no aquecimento dos fornos para a queima dos tijolos.
Na nota, o dono da cerâmica informou que mensalmente chega a trazer 30 caminhões com eucalipto, ao custo de R$ 2.500 cada. Os estudos estimam que o uso do capim pode, além de reduzir custos e atenuar danos ambientais, aumentar a perspectiva do setor que agora está também pressionada pelos danos provocados pela extração do barro e pelos custos do transporte do produto final, para a região metropolitana, devido aos custos dos pedágios recém-implantados na BR-101. O blog numa pesquisa rápida encontrou a seguinte informação sobre o uso do capim-elefante: “Um estudo realizado pelo IPT, intitulado "Capim-elefante como fonte alternativa de energia: o Projeto Integrado de Biomassa (PIB) após um ano", foi apresentado no 12th World Clean and Environment Congress and Exhibition, realizado em Seul, Coréia, de 26 a 31 de agosto. Segundo o pesquisador Vicente Mazzarella, da Diretoria Adjunta de Projetos Especiais do IPT e responsável pelo projeto, o evento reuniu representantes de instituições de pesquisa de 40 países, com 420 trabalhos inscritos. O trabalho do Instituto foi destaque e recebeu o prêmio Thomas Kuhn - Hopes for the Future for a Sustainable World, atribuído pela Academia Internacional de Ciências.
Para Mazzarellla, o projeto se encaixa com a proposta de sustentabilidade econômica e social. "A biomassa vegetal pode contribuir e muito para a autonomia energética nacional, tanto em processos de secagem e queima direta, quanto os de gaseificação para acionar turbinas e gerar eletricidade." A Inglaterra já produz com sucesso energia elétrica a partir do capim-elefante. "Eles baseiam-se numa produtividade média de 10 toneladas de capim por hectare/ano, enquanto no Brasil já chegamos a 60 toneladas de massa seca por hectare/ano. Nossas condições climáticas são muito melhores, o que nos permite ser otimistas." O capim-elefante é uma gramínea originária da África e bem adaptada ao Brasil. É de grande porte, semelhante ao da cana-de-açúcar. Segundo Mazzarella, tem potencial para substituir o eucalipto na geração de energia em olarias, por exemplo, liberando a madeira para finalidades mais nobres como a produção de celulose, de móveis e para a construção civil. "O projeto que desenvolvemos tem como parceiros a Unicamp, a Embrapa/Seropédica e o Instituto de Zootecnia da USP, com recursos da Finep. Apresentamos proposta à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo para viabilizar o plantio de 30 hectares de capim-elefante. Será uma área experimental já em escala industrial, para alimentar durante um ano o forno de uma unidade produtora de cerâmica vermelha: telhas, tijolos, entre outros itens. O objetivo é obter dados econômicos e de eficiência energética". O capim-elefante também é uma alternativa ecológica por ser renovável. "O crescimento desta espécie ajuda a diminuir a poluição ambiental, retirando carbono livre na atmosfera", diz Mazzarella”. PS.: Com atualização às 18:02.

6 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

"O crescimento desta espécie ajuda a diminuir a poluição ambiental, retirando carbono livre na atmosfera"

Afirmação infeliz. Além do CO2 da atmosfera não ser “poluição”, qualquer vegetal processa o carbono da atmosfera na fotossíntese.

Além disso, quando se queima o tal capim, devolve-se os carbonos retirados de forma muito pior, emitindo CO, material particulado (fuligem) além de outros gases mais nocivos.

E o nosso gás natural tão abundante em nossa bacia...ah esse não fabrica tijolo, esse fabrica royalties!

Anônimo disse...

você não sabe de nada...

Biomassoso disse...

O futuro da energia limpa è tambem na queima do capim elefante para aquecimento e cogeracao.
www.carbonovo.com

Anônimo disse...

GOSTARIA DE SABER O PROCESSO DE QUEIMA DE FORNOS COM CAPIM,, PODERIA ME INFORMAR COM QUEM CONSIGO ESSAS INFORMAÇÕES..
FAVOR RESPONDER POR E-MAIL. ceramicabarroforte@hotmail.com.
desde ja agradeço

Roberto Moraes disse...

Sei que há apoios de pesquisa na UENF em Campos.