sábado, junho 01, 2013

Sobre o projeto do Aeromóvel em Campos

As notas abaixo sobre as desapropriações de áreas para as estações do projeto do Aeromóvel em Campos (veja aqui) e também sobre o questionamento de um leitor sobre uma destas desapropriações (veja aqui) gerou diversos comentários.

Assim, para facilitar o debate o blog traz para este espaço os comentários mais recentes surgidos sobre o tema:, inclusive o deste blogueiro, que emitiu mais um pouco da sua opinião sobre o projeto, já tratado aqui neste espaço há mais de um ano:

Anônimo disse...
"Como assim? O leitor-colaborador deve estar enganado. O marido prefeito tem somente uma casa na Lapa.10:40 PM ."

Tácio R. de Moura disse...
"Roberto,
Por curiosidade, há na região demanda populacional e capacidade econômica suficiente para custear essa modalidade de transporte sem contínuo uso de recursos púbicos? Outra questão é se esta forma de transporte atrapalharia em algum modo os demais meios de transporte urbano atuais (se os espaços seriam compartilhados ou autônomos)1:18 AM ."

Unknown disse...
"Seria legal montar um mapa em com os pontos exatos.7:53 AM ."

Unknown disse...
"Como seria esse aeromovel ? Passaria em cima da ciclovia da av 28 de março ? qual é a capacidade de cada vagão ? Obrigado7:54 AM ."

Gustavo Alejandro disse...
"E todo esse trajeto, Roberto, terá apenas uma via única. Imaginem as manobras.9:55 AM ."

Anônimo disse...
"Como bem ao gosto da famiglia, sem o menor planejamento.
E haja aditivos e com trechos cada vez mais reduzidos !
Será que não é caso para questionamento legal?
Provavelmente deve ter gravado o pronunciamento da então candidata Rosinha sobre a idéia do Dr Arnaldo sobre o mesmo assunto , em que ela diz que levaria 100 anos para recuperar o gasto provocado pela obra e que a mesma seria um absurdo.Certo que diminui o percurso em relação ao projeto anterior ,mas certamente esses 400 milhões serão acrescidos de muitos aditivos que farão uma obra menor ser muito, mas muitooo mais cara que a proposta pelo Dr Arnaldo.
Com a palavra os expert no assunto. 12:41 PM ."

Anônimo disse...
"Professor, poderia por gentileza, traçar superficialmente o trajeto?"
Obrigado.
Carlos12:54 PM ."

Anônimo disse...
"engraçado que quando macae quiz dazer seu vlt todo mundo bateu palma... agora aqui ficam cheio de mimimimi
ahhhh tipicos campistas da terrinha!1:11 PM ."

Roberto Moraes disse...
"Ampliando as questões levantadas pelos outros comentários:

1) A PMCG deveria divulgar o mapa e todas as demais informações sobre o projeto. Enquanto isto, aguardo que algum colaborador possa desejar o trajeto no mapa do Google para publicarmos aqui;

2) Continuo julgando o aeromóvel uma interessante alternativa para o transporte público de Campos, porém, há diversas questões de projeto, custos, desapropriações, detalhamento da integração nas estações com os ônibus que podem aperfeiçoar ou jogar por terra boas intenções.

3) Sobre a comparação com o VLT entendo que os custos menores (praticamente a metade) justifica sua opção, como todas as questões ainda a serem respondidas;

4) A falta de diálogo com a sociedade, uma maior e mais ampla equipe técnica própria da PMCG para lidar com estas questões e gerir um projeto executivo bem formulado para eliminar problemas e potencializar soluções pode, mais um vez, tornar uma boa ideia, num grande problema;

5) A grosso modo é difícil imaginar, mesmo, identificando pelas informações até aqui divulgadas, que se está aproveitando a ponte de ferro (trem) e parte do leito da ciclovia da 28 de março (que não é simples por estar no meio das pistas e por ser estreita, e ainda por não se desejar o fim da mesma) um trajeto de 10/11 km sem passar pelo principal centro urbano, ponto de integração dos principais (não o único)fluxos de passageiros de nossa área urbana;

6) Quanto a pergunta do Tácio, entendo que ela se une à questão acima. Uma coisa é o fluxo de passageiros passando pelo principal centro urbano, a outra é pelo percurso que se está conhecendo agora.

7) Ainda sobre bancar os custos de operação já que a construção está projetada com recursos públicos, só estudos de origem-destino poderá estimar o fluxo de passageiros, multiplicando pelo preço da passagem, para se concluir se ela paga ou não as despesas de operação. Isto deveria preceder a apresentação do projeto. Imagino que tenha sido exigido isto na avaliação do edital. É de se lamentar que não seja dado direito da sociedade conhecer e se aprofundar no tema;
...
Continua abaixo...
1:18 PM
Roberto Moraes disse...
...
continuando...
8) Sobre tempo de viagem, manobras também interessante de se conhecer, até para identificar o projeto como uma boa, razoável ou ruim alternativa para a melhoria do nosso transporte público tão carente, tão limitado e que empurra o cidadão para o uso do transporte individual que cada vez é mais inviável nas áreas centrais;

9) Continuo batendo na tecla que a PMCG necessita de uma estrutura técnica de melhor envergadura para dar conta de uma gestão que precisa ser mais eficiente e que não pode ficar terceirizando tudo para a iniciativa privada e, neste caso, necessitaria de uma estrutura de regulação, normatização e fiscalização que hoje não temos.

10) Por enquanto finalizo lembrando a falta que faz uma gestão participativa onde as soluções para os problemas podem ir sendo gestadas com diálogo e não em decisões autocráticas como esta. Veja que há seis meses noticiei aqui no blog que esta solução tinha sido encomendada a um escritório. Todos fizeram silêncio sobre o tema, a própria PMCG, a mídia corporativa, o legislativo, a sociedade, etc. Fizeram-se de cegos e surdos e agora o debate é sobre as consequências e não mais sobre a concepção do projeto.

Veja aqui uma postagem deste blog do dia 27 de outubro de 2012 que fala do projeto apresentado por Campos e se refere ao edital do governo federal para as cidades de porte médio, também comentado aqui em 18 de julho do ano passado:

http://www.robertomoraes.com.br/2012/10/campos-apresenta-projeto-de-aeromovel.html

Um ano depois estamos na discussão que caberia melhor lá atrás.

Interessante ainda observar que um Plano Viário chegou a ser falado no Comudes (já brinquei aqui no blog que é uma boa iniciativa, mas, insuficiente, porque parece que razão ao nome -Comudes - parece que só ouve as autoridades, mas é mudo, para debater e ouvir a sociedade.

Enfim, um ano depois estamos, mais uma vez tentando apagar incêndio, ou dando mais força à torcida dos prós e contra. Triste sina.

Porém, é sempre tempo de mudarmos nossos destinos."

Gustavo Alejandro disse...
"Roberto, alem das questoes que você levanta, ha outra tão importante que deve ser feita: por que o sistema apenas funciona em um lugar do mundo (jacarta) e num trecho de apenas 1km.1:36 PM ."

4 comentários:

Marcos Valério Cabeludo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcos Valério Cabeludo disse...

Editado para correção ortográfica.
Muito boa sua postagem, gostaria de salientar o seguinte, a questão de só funcionar em Jacarta, é um ponto crucial pra o debate, pois como usar tanto recurso publico sem a certeza de que haverá retorno do capital investido. o sistema propagado me parece muito eficiente do ponto de vista ecológico, mas com a velocidade de 70km hora e ainda se for em um só sentido de ida e volta, penso que não vai atender a nossa demanda. Penso ainda em uma saída mais radical, um trem urbano tal e qual os sistemas antigos já conhecidos no Rio e São Paulo ou ainda o metrô como os da Maria da graça e adjaceências na mesma capital. são transportes mais rápidos e eficientes e ainda ocupariam o espaço fisico com mais utilidade que o da questão. Desconheço se a verba em questão poderia ser usada com outros recursos práticos como descrevi, mas infelizmente não creio que o VLT possa ser de tanta eficiência p/ os 400 milhões previstos.
Especulações apenas companheiros, mas a discurssão é que pode levar a uma solução mais eficiênte

Márcio Soares disse...

Acredito que os leitores e colaboradores deste blog desejam principalmente o benefício que um projeto destes pode trazer aos munícipes. Contudo a família G e sua corte colocam no topo da lista de prioridades as vantagens que tirarão desta obra, deixando para segundo plano o bem maior da coletividade.
Viva 2013, 25 anos de reinado da GanG do Bolinha.

Anônimo disse...

o último comentário disse tudo.