sábado, julho 06, 2013

Alemã E.ON que hoje é dona da MPX ainda não falou sobre as UTEs previstas para o Açu

A empresa alemã que hoje é maior acionista da MPX (que mudará de nome até outubro), ainda não se manifestou sobre os projetos de duas Usinas Termelétricas, uma a gás e outra a carvão, licenciadas para implantação junto ao Porto do Açu.

No projeto original a unidade a gás teria 3,3 mil MW e a unidade a carvão 2,1 mil MW estavam previstas para serem instaladas no até então chamado Complexo do Açu, o que dava um total de 5,4 mil MW.

O executivo da E.ON Jorge Kuldahi que assumiu o Conselho de Administração da MPX e é integrante da conselho da holding E.ON, na Alemanaha, disse que o novo dono espera viabilizar os 10 mil MW de potência instalada de projetos do portfólio da empresa até 2020.

Por conta desta informação, se compreende que os projetos das duas UTEs do Açu estejam incluídas neste planejamento. Porém, a pergunta que fica no ar é derivada do entendimento de que ambos os projetos dependem dos insumos básicos para a geração de energia elétrica: gás e carvão.

Como os projetos do grupo EBX foram verticalizados com um dependendo do outro, o desabamento dos projetos vão influenciando um ao outro.

O gás para tocar uma MPE dependeria da OGX, ou da Petrobras. A primeira travou todos os seus projetos e a Petrobras não está dando garantias de fornecimento de gás para projetos deste tipo, pelo menos, por enquanto.

Quanto ao carvão, o problema é ainda maior: a hipótese de importação do carvão da Ásia e da Colômbia, surgiu no grupo EBX, como decorrência do uso das embarcações que levarão (ou levariam) o minério de ferro exportado pelo porto do Açu. Assim, para ter exportação é preciso que o Porto do Açu da LLX, o terminal TX-1 esteja concluído.

Hoje, na melhor das hipóteses isto só acontecerá em 2015, talvez 2016. Para este prazo ser cumprido a empresa espanhola FCC, contratada pela LLX para concluir os pieres e quebra-mar do terminal TX-1 e que já tem executivos na região do Açu, precisaria começar já os trabalhos com os primeiros "caixotes" que estão sendo trazidos da Espanha.

Sem o porto e o mineroduto funcionando para exportação pela Anglo American do minério de ferro, não seria viável, pelo custo do frete, importar o carvão para geração de energia elétrica no Açu. Tudo isto, sem considerar os problemas ambientais desta geração que foram absorvidos pelo licenciamento ambiental autorizado pelo Inea.

Enfim, acompanhemos os desdobramentos.
PS.: Abaixo fotos de embarcação que trouxe para a FCC mais caixotes de concreto para o os diques do terminal TX-1 do Porto do Açu. Quatro fotos foram enviadas ao blog pelo Henrique Thoni que se apresentou como investidor minoritário do grupo EBX.
PS.: Atualizado às 12:08: Corrigindo a informação. As fotos abaixo foram tiradas de Niterói quando da chegada da embarcação à Baía de Guanabara e não na passagem pelo litoral de Alagoas.


2 comentários:

Anônimo disse...

como ele mesmo disse investidor minoritário, ou seja ficou a ver navios, pois esta obra somente existiu no papel.
Porto do Açu até agora não proporcionou nada para região, apenas causou transtornos a região, devido a direção incompetente existente naquela obra, conforme palavras do próprio Presidente do grupo.

Jaci Borrow disse...

São 01:44 da madruga e a Globo dizendo que vai haver a luta entre Anderson Silva e Weidman. Resultado:

Anderson perdeu, já é notícia e a Globo, anuncia como se a transmissão fosse ao vivo.

Uma vergonha Global.