sábado, outubro 13, 2012

Apoio à produção canavieira na região

Da coluna Negócios e Cia. da jornalista Flávia Oliveira em O Globo de ontem. Os grifos são do blog. Há um equívoco na nota que fala que todos (3) os empreendimentos são do grupo Canabrava e cita a da Coagro. Veja abaixo o conteúdo da nota que fala da retomada da produção na Usina Santa Cruz e a de Quissamã, além da Coagro.

Mais uma vez, o setor recebe apoio e incentivos do governo. Espera-se que, ao menos, cumpram a legislação trabalhista e garantam condições dignas aos trabalhadores, protejam o ambiente e desenvolvam socialmente as comunidades do seu entorno:

"LEI DE INCENTIVO AO ETANOL SAI DO PAPEL NO RIO"
"Estado aprova os três primeiros empreendimentos do Norte Fluminense que terão ICMS reduzido de 24% para 2%"
"O governo do Rio aprovou os três primeiros projetos que vão se beneficiar do ICMS reduzido para produção de etanol no estado. Três empreendimentos do Norte Fluminense receberam o sinal verde da CPPDE, comissão de políticas de desenvolvimento, para recolherem o imposto de 2%, em vez dos 24%. São todas empresas do grupo Canabrava, duas em Campos, uma em Quissamã. “Essa medida marca a retomada do mercado de etanol no Rio, além do resgate da atividade na região”, disse em nota o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno. Em Quissamã, o grupo vai implantar a Canabrava Bioenergia, para fabricar etanol hidratado, o álcool combustível. A usina vai processar 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por safra e produzir 127 milhões de litros de etanol para o mercado local. Em Campos, a antiga Usina Santa Cruz, de açúcar, será modernizada até 2017. A meta é produzir 862 sacas no primeiro ano e chegar a 2,4 milhões no terceiro. A Coagro, também em Campos, é o terceiro projeto. A cooperativa agroindustrial engloba do plantio da cana à produção de açúcar e etanol. Quer fabricar 1,5 milhão de sacas e 30 milhões de litros."

3 comentários:

douglas da mata disse...

Mais e mais dinheiro público para dar de bandeja a grupo privados.

Neste caso, um setor historicamente ligado a degradação ambiental e ao trabalho escravo.

Um belo prêmio.

Agora pergunta-se: como um governo de abre mão de receita fiscal senta à mesa para negociar com seus servidores (médicos, policiais, professores, etc) munido dos argumentos de sempre: não há recursos?

Não há recursos para que?

Não há recursos para quem?

Anônimo disse...

Concordo que historicamente o setor canavieiro tem uma ligação umbilical com a escravatura. Quanto à degradação ambiental, todos os setores tem. E neste sentido, o ciclo da cana-de-açúcar nem é dos piores.
Quanto à ajuda ao setor, penso que é um saco sem fundo e mais uma vez vamos desperdiçar recursos. Quem acredita nesta Canabrava?
Quem acredita na recuperação do setor aqui na região?
Embora eivado de erros, o setor canavieiro é importante e estratégico para o Brasil. Mas sob este discurso, gente interessada apenas em captar dinheiro do governo traveste-se de industrial, sem o menor compromisso com os produtores, com a região, com os trabalhadores e com o meio ambiente. Vai dar no que vai dar.

Anônimo disse...

É muito dificil ver o dinheiro dos nossos impostos serem jogados no lixo, ou melhor nos nossos pulmões, pois é isso que faz diariamente a COAGRO, economizando agua e jogando diariamente fuligem e poeira nos moradores e comércio da região, eles não estão nem aí para o meio ambiente e muito menos pela saude das crianças e idosos a sua volta.

É facilmente comprovado ficando em torno da COAGRO somente um dia!

Eles tinham que liberar recursos para tratamento respiratorio da população que está sofrendo diariamente com fuligem e poeira, já que a fiscalização não existe, ou se existe é facilmente enganada.

Alexandre Ribeiro.